Cavaco Silva foi eleito, e bem, presidente da Republica Portuguesa por mais cinco anos.
Nestas eleições, obteve mesmo uma % de votos superior ao valor registado há cinco anos atrás – 52,94 % em 2011 contra 50,59 % em 2006.
Vistas por este prisma a eleições de 2011 parecem mostrar que os portugueses aderiram ainda mais às ideias do Prof. Cavaco Silva e decidiram por isso consolidar o seu apoio.
Pura ilusão, os 52,94 % representam menos votantes – 2.230.104 em 2011 - quando em 2006 tinham votado em Cavaco Silva 2.746.786 eleitores. Mais, se atendermos ao numero de votantes inscritos, em condições de votar – 9.629.630 – essa % não vai além dos 23 %. Ou seja, e isto sem demérito para o nosso Presidente Aníbal Cavaco Silva, representa pouco mais de 20 % da população portuguesa (10.637.630 segundo a Wikipedia).
Os portugueses estão descontentes e não é só com Cavaco Silva. A abstenção atingiu os mais elevados valores do período democrático. Quase 5 % de eleitores que se deslocaram às urnas não se revêem em nenhum dos candidatos e votaram em branco. Candidatos, sem apoio partidário, concentraram um número muito significativo de votos, 20% (Nobre 14,1 %+ Coelho 4,5 %+Moura 1,57 %).
Estes valores deveriam, fazer reflectir os nossos políticos do porquê desta desmotivação de modo a arrepiar caminho e atrair gente nova, com outras ideias para a vida politica.
O regime democrático, que não obstante as maleitas de que padece é o único que nos permite exprimir as nossas ideias - em liberdade, sem medos - por mais utópicas, reaccionárias ou esquerdistas que possam parecer aos olhos daqueles que de nós possam discordar, agradecia.
Infelizmente creio que vão continuar a olhar para o umbigo, não vão ligar às nossas preocupações, vão continuar surdos aos nossos anseios e tudo vai continuar como está, ou seja mal, com tendência a piorar.
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