sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Armando Vara: - Então e se o Homem não for culpado ?



Quem acompanha a vida politica portuguesa conhece, Armando Vara, e já ouviu “milhentas estórias” sobre a sua vida politico partidária nomeadamente enquanto membro do PS e de um Governo de António Guterres.

Não conheço o senhor pessoalmente e, tal como muitos outros portugueses nada tenho, a ver com a sua vida privada.
No entanto e dado que é uma figura publica, com influência na sociedade portuguesa, já foi Ministro, por sinal afastado do cargo ao que consta por pressão do então, Presidente Jorge Sampaio, confesso que tenho uma opinião formada, muito com base no que se diz e escreve na comunicação social, e que a mesma é pouco abonatória em relação ao senhor Armando Vara.

Assim sendo o seu envolvimento no chamado caso “Face Oculta” não me surpreendeu e até reforçou a minha convicção negativa sobre a sua personalidade.

Não obstante o que acima refiro, os julgamentos na comunicação social, este é mais um a somar a muitos outros, incomodam-me sobremaneira, especialmente sabendo que os mesmos podem ter origem em informações passadas para os Média por  as devia proteger, ou seja, os “órgão judiciais”.

Ficamos com a impressão que os mesmos suspeitam de alguma coisa, estarão mesmo convictos que o suspeito é culpado mas não tendo meios para obter provas válidas em tribunal, se servem deste expediente para “ sem apelo nem agravo” julgar na praça pública quem porventura é culpado mas, e há sempre um mas, até pode estar inocente.

Vem isto a propósito da entrevista de Armando Vara há RTP, onde o mesmo clama inocência e se diz vitima de má avaliação deste caso pelo ministério público.

Ainda relacionado com este assunto ouvi à dias um comentário, creio que de Camilo Lourenço, cujas opiniões tenho como bem fundamentadas, sobre Armando Vara enquanto dirigente do BCP em que o mesmo, para surpresa minha, louvava e enaltecia o bom trabalho de Vara no referido Banco.

Ficam então as perguntas:

E se o homem não é culpado?

Como fica a “Justiça” quando os julgamentos passam dos tribunais para a comunicação social?

AJGR