sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O “Milagre Alemão” com juros a 7 %

É verdade que Portugal se pôs a jeito e gastou aquilo que tinha e aquilo que não tinha.
Para isso muito contribuíram a entrada no Euro e os juros baixos. Nestas condições a “malta aproveitou”.

Para a entrada no Euro foram impostas regras, muitas das quais não respeitámos totalmente. Os motivos para isso são vários, há para todos os gostos, basta ouvir os “comentadores, politólogos e afins” que diariamente poluem os nossos ecrãs, sendo uns menos difíceis de justificar que outros.

Também nos foi dito que para entrar na Comunidade Europeia, em troca de ajudas com vista a diminuir o nosso atraso estrutural em relação à Europa mais desenvolvida, tínhamos também que dar alguma coisa em troca. Foi assim que vendemos ao desbarato as nossas indústrias, acabamos com a agricultura, largamos mão da nossa marinha mercante e das pescas, escancaramos os nossos mercados a tudo o que vinha de fora e fomos gastando, mal, as poucas ajudas que iam chegando.

Também é verdade que nos impingiram a ideia de que a União Europeia (UE) tenderia a transformar-se numa verdadeira “Família Europeia” tendo em vista competir com outros blocos, como os EUA ou o Japão, onde os Países mais ricos e desenvolvidos não deixariam de apoiar os menos favorecidos. E nós, pobres de espírito, tolos, acreditamos em tudo isto.

Verifica-se agora que á primeira dificuldade é cada um por si. Qual entreajuda qual carapuça.

A “srª merkel”, que também nem sempre cumpre as regras do pacto de estabilidade e crescimento, faz ameaças e tenta impor as suas regras levando a reboque os franceses, como cordeiros mansos.

A sua ideia é trabalhar, vender, poupar. Aparentemente é uma ideia correcta que parece não merecer contestação. Todavia como quer poupar não consome nem deixa consumir, logo não compra aos outros estados na mesma proporção daquilo que lhes quer vender.

Ou seja as industrias e bancos alemães, vão engordando enquanto outros, sem possibilidades de competir nesta Globalização sem regras e poucos mercados para escoar o bens que ainda vão produzindo, empobrecem e ainda por cima ficam com fama de não querer trabalhar.

Acresce que muito do que lhes vendem, são bens de que pouco ou nada necessitaríam. Estão neste lote os famosos submarinos vendidos a Portugal, num negócio ruinoso e faudulento . Aos gregos, que têm medo dos turcos, também venderam toneladas de armamento.

Para estes “disparates” quem emprestou o dinheiro? Como não podia deixar de ser foram, entre outros os bancos alemães e franceses, que como atrás vimos foram engordando á custa de tolos como nós. Mas pergunto eu. Se sabiam que não tínhamos condições para estes “luxos” porque venderam? Será que só agora descobriram o estado das nossas contas? Não acredito!

Agora numa altura de dificuldades para todos, julgo que até mesmo para a Alemanha, em vez de tomar medidas para acalmar os “Mercados” a “srª merkel” tenta impor regras que lhe permitam manter os ganhos, pondo o “rabo de fora”. O programa do eixo franco-alemão de penalizar os investidores” no caso de um país recorrer à ajuda do fundo da UE, ao tentar desresponsabilizar o Banco Central Europeu da totalidade das dividas, acaba por deixar os mercados ainda mais nervosos, levando ao agravamento dos juros.

Mas para a srª merkel nada está perdido, a Alemanha fica sempre a ganhar. Se não, vejamos: O que são os tais “Mercados” de que tanto se fala? Hoje quando vinha do trabalho (os portugueses trabalham) fui finalmente esclarecido sobre esta palavra que parece envolta em mistério.

Os “Mercados”, os tais mercados que por especial favor nos vão emprestar dinheiro ao juro de 7 % são, na sua grande maioria, nem mais nem menos do que os tais bancos alemães e franceses. Mais, pensam que o dinheiro que emprestam vem das poupanças do esforçado trabalhador alemão ou francês? Puro engano, vão direitinhos ao Banco Central Europeu pedir emprestado a juros baixos, coisa que não se permite aos Estados em dificuldades e emprestar, como se vem badalando, a mais de 7%.



Seria injusto pretender que isto é famoso “ Milagre Alemão”. Claro que não é só isto, é também muita organização e trabalho, mas ajuda a explicar que o tal “milagre alemão”, também não é só trabalho, é também a falta de solidariedade para com os mais fracos e desprotegidos, e em ultima análise a sua exploração mesmo nos momentos mais difíceis.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Recebi este E Mail mas, será mesmo assim ? Eu não acredito !

Gestores com oito cartões de crédito

Os ex-administradores da Gebalis Francisco Teixeira, Clara Costa e Mário Peças receberam, entre Fevereiro de 2006 e Outubro de 2007, oito cartões de crédito daquela empresa municipal. O limite de crédito atribuído àqueles ex-gestores oscilou entre cinco mil euros e dez mil euros por mês.

O despacho de acusação do Ministério Público, a que o CM teve acesso, diz que, 'no início do mandato, a cada um dos arguidos foram fornecidos cartões de crédito', apesar de haver 'uma omissão legal e dos próprios Estatutos da Gebalis [sobre essa regalia]', segundo o relatório da Polícia Judiciária.

A Francisco Ribeiro, ex-presidente da Gebalis, foram dados, segundo o despacho de acusação, três cartões de crédito: um do BES com limite de 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros. Mário Peças, ex-vogal da empresa, teve também três cartões de crédito: um do BES com 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros.

Já Clara Costa contou com um cartão de crédito do BES com um limite de crédito de 7500 euros e outro do Millennium bcp com cinco mil euros. À excepção do cartão de crédito do BPI atribuído a Mário Peças, todos os cartões tiveram vários números e diferentes datas.

'Com os respectivos cartões de crédito em seu poder, cada um dos arguidos decidiu que os utilizaria para pagamento das despesas relativas a refeições suas e com amigos e outras pessoas de cujo convívio poderiam beneficiar no seu percurso profissional, político ou financeiro, quer nos dias de trabalho, quer em férias ou fins-de-semana, quer, ainda, no decurso de viagens ao estrangeiro', precisa o despacho de acusação do Ministério Público.

Ontem, Clara Costa manifestou a sua 'total inocência'.

SAIBA MAIS

REFEIÇÕES E VIAGENS

De Março de 2006 a Outubro de 2007, Clara Costa gastou 11 530 euros em refeições com o cartão de crédito.

40 145 euros foi a despesa de Mário Peças em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito.

12 738 euros foi o gasto de Francisco Ribeiro em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito.

Matança de Golfinhos - Ilha Faroe, Dinamarca

Tradição, barbara? Iniciação dos jovens à entrada na idade adulta?    À primeira vista não seria de esperar este “espectáculo” numa sociedade como a Dinamarquesa.


É verdade que nós, povos do sul, também temos a tourada, denominada de “Festa Brava” , mas, ainda assim, penso que não é bem a mesma coisa.

Os touros lutam com o toureiro e bem vistas as coisas têm uma morte mais digna do que a daqueles que nos servem em “bife”, animais abatidos nos matadouros de forma igualmente cruel.

Por outro lado touros são criados no campo, ao livre, tendo a actividade dos ganadeiros uma função que não é desprezível: manutenção das actividades rurais, dando trabalho a muitos, contribuindo para diminuir a desertificação dos nossos campos, bem como mater viva um raça que de outro modo já estaria extinta.