quinta-feira, 26 de maio de 2011

Afinal para que serve a POLÍCIA ?

Às 8, 30 horas do dia 26/05/2011, como acontece normalmente, desloquei-me à Escola Pinheiro e Rosa para deixar o meu filho para mais um dia de aulas.
Ao chegar vários policias, dois ou três junto ao local onde paramos para deixar os miúdos, mais outros tantos espalhados em volta do recinto junto à escola e carro policial posicionado de modo a perseguir eventuais malfeitores.

Com crimes e assaltos violentos a acontecer todos os dias pensei que algo de grave teria acontecido. Afinal, ao que me foi dado observar nada de especial estava a acontecer.
A força policial para ali destacada destinava-se a controlar os incautos pais que por um motivo ou outro não levavam os passageiros com o respectivo cinto ou os mais apressados que insistiam em, por breves instantes, parar junto à entrada e que, numa manobra menos correcta, pretendiam inverter a marcha sem recorrer a uma pequena rotunda situada algumas dezenas de metros mais à frente.
É também frequente ver, para além do que acima referi e que ocorre com frequência em várias outras escolas, as operações de controlo de velocidade e de álcool à entrada de Faro, com vários carros e muitos policias armados com metralhadoras, nas rotundas junto ao “Fórum Algarve” e num ou noutro evento em que é suposto alguém ingerir um copo a mais.

É evidente que estas acções, controlo do trânsito, são importantes e quem prevarica deve ser responsabilizado. O que não nos parece correcto é que este tipo de actuações seja a prioridade quase diária das nossas forças de segurança.
Nas ruas da nossa cidade a insegurança é visível. Os assaltos a residências são quase diários. Nestes casos, de que sou testemunha porque já fui vitima, a polícia limita-se a enviar três ou quatro agentes que tomam conta da ocorrência e volvidos alguns meses informam que o caso foi arquivado por falta de provas ou algo semelhante.
Também a “praga” que constituem os “arrumadores de carros”, mesmo nos locais com estacionamento pago, tem um controlo nulo sendo possível observar o à vontade destes rapazes mesmo á vista da polícia, nas raras ocasiões em que ela, por puro acaso, ali possa circular. Pelo contrário é lesta a aparecer sempre que o incauto condutor não retira o “talão” do parquímetro ou o deixa expirar, sendo igualmente rápido o surgimento do reboque policial, para levar ou bloquear a viatura infractora.
Outro exemplo ainda, os “grafittis “que com total impunidade dia após dia surgem por toda a cidade, conspurcando paredes, portas, jardins e monumentos sem que alguém, neste caso a policia, lhe ponha cobro.

Estes são apenas alguns exemplos de casos onde uma polícia de proximidade que à pé, de bicicleta, ou mesmo em viaturas motorizadas, percorrendo com regularidade as nossas ruas podia evitar que ocorressem com tanta frequência.
Infelizmente nada disso acontece. Quem como eu percorra num simples passeio a pé, ao fim da tarde ou início da noite, as ruas da cidade de Faro pode passar dias e dias sem encontrar qualquer agente e durante a noite, certamente que as probabilidades ainda serão menores.

Termino como comecei. Afinal para que serve a POLÍCIA?