Oh Senhor “Nosso” PRIMEIRO!
Diz-se agora à boca cheia
Que um “tal” de engenheiro,
Que deu o “salto” p´ra França,
Lhe deixou como HERANÇA,
Um País qu´é um vespeiro,
Na mais completa astenia
E só preso por um triz!
Enquanto ele, em Paris,
Caçoando da pobreza
E de toda a tropelia
Feita à gente portuguesa,
Vive à “grande e à francesa”
Entregue à Filosofia
Do…”manso é a tua tia”….
Com champagne sobre a mesa!
E agora oh “Nosso” PRIMEIRO,
P´ró Senhor poder limpar
O esterco qu´ele deixou,
Vai ter que “OS TER NO LUGAR”
Para cortar a direito
E levar tudo a eito,
Sem poder tergiversar
Nem contemplar excepções,
Muito menos compadrios.
É tempo de decisões:
Inflexíveis! Sem desvios!
QUE SE LIXEM AS ELEIÇÕES !!!
Sem DINHEIRO NÃO HÁ VÍCIOS.
Outrossim há sacrifícios
E os que forem pedidos,
Terão que ser repartidos.
O Senhor é o timoneiro!
Mas porque NÃO TEM DINHEIRO
E o que tem FOI-LHE EMPRESTADO,
A primeira obrigação
É cumprir com devoção
O que ficou acordado
Por escrito e assinado.
Isso não tem discussão:
POBREZINHO, MAS HONRADO!
Depois é seguir em frente,
Sem qualquer hesitação.
Quem é JUSTO E COMPETENTE
Não dá ouvido às vozes
Que nunca bradam ao Céu,
- apesar do escarcéu –
Pois que não passam do chão…
E p´ra que nad´o deprima,
Comece logo a colheita
- à esquerda e à direita –
MAS COMECE-A POR CIMA.
Corte sem vacilação
Seguindo à risca o rifão:
“MAIS PRIMA? MAIS SE LH´ARRIMA”.
Já só se resolve a crise
Causando-lhe hemoptise.
E olhe que o tempo urge
E o Povo nunca s´insurge
Quando lhe falam verdade
E lhe mostram que há justiça.
Qu´a gente é BOA E SUBMISSA!
Caso contrário reclama,
Nem aceita falsidade
Disfarçada d´equidade,
Que o engana e o trama
À pala da Liberdade.
ACABOU-SE O REGABOFE!
Por mais que se filosofe,
Só nos resta UMA SAÍDA:
TEMOS QUE MUDAR DE VIDA!
EIS A 1ª MEDIDA:
1ª - ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
O número de Deputados
É largamente excessivo
E isso não faz sentido.
Então, se NÃO HÁ DINHEIRO,
Reduzam-se a metade
Ou cortem-se os ordenados
Na mesmíssima proporção.
Tal como está é que não!
Representantes (?) do Povo
A viverem ricamente,
Enquanto os Representados
Passam fome?! É INDECENTE!
Por isso oh “Nosso” PRIMEIRO,
Faça favor, NÃO ESQUEÇA:
É POR AQUI QUE COMEÇA!
E já, antes que arrefeça.
2ª – CÂMARAS MUNICIPAIS JUNTAS DE FREGUESIA
Deixe-as ficar como estão
E acaba a contestação.
Mas porque NÃO HÁ DINHEIRO,
Ser autarca, d´ora avante,
Deixa de ser profissão.
Só pode exercer o cargo
Quem tem outro ganha-pão.
Do Governo só terão
Verba pré-estabelecida
Para representação,
Na devida proporção
Do tamanho da autarquia
E sua população.
Enfrente-as de peito aberto!
É que por cá, na autarquia,
Tem sido uma tontaria
A estragação do dinheiro
Em gasóleo e transportes
E demais quinquilharia
P´ra levar ao PREÇO CERTO.
Por falar em Preço Certo …
Ora aqui está um programa
Paupérrimo de conteúdo
E que passa pelo drama
De ter de continuar
Até voltar…. O ESCUDO!
3ª – ASSEMBLEIAS MUNICIPAIS
Se há vereadores nas Câmaras
P´ra resolver os problemas,
P´ra quê aqui deputados?
Dinheiros malbaratados
Fazem falta noutros lados…
Menos um estratagema!...
4ª _ EMPRESAS MUNICIPAIS
Só podem continuar
As que se gerem por si,
Com seus próprios capitais.
As outras estão a mais!
5ª – COMO A MAIS HÁ ACESSORES,
DELEGADOS, CONSULTORES,
INSTITUTOS, FUNDAÇÕES,
AUTOMÓVEIS, TELEMÓVEIS,
VIAGENS E REFEIÇÕES,
MAIS O ALUGUER D´IMÓVEIS,
MOTORISTAS, SECRETÁRIAS
E NOMEAÇÕES SECTÁRIAS
Só para satisfazer
As cliques partidárias?!...
Oh Senhor “Nosso” PRIMEIRO:
Fale lá com o seu Parceiro,
Depois “puxe” p´los galões
P´ra acabar co´este atoleiro
Que sorve muitos milhões,
Qu´o “está porreiro, pá”
Nos deixou ficar por cá.
E sem comiserações
QUE SE LIXEM AS ELEIÇÕES !!!
6ª – CONTRATOS COM AS PPP
São para “limpar” de vez
7ª – TAP, METRO, RTP,
CARRIS, TRANSTEJO, CP
Empresas com prejuízo
Sempre, sempre acumular,
Deveriam era fechar.
Em vez de pagar “balúrdios”
A gajos, q´inda p´ra mais
Estão sempre a reivindicar.
Qualquer Governo com siso
Terá que os enfrentar
E não ficar indeciso
Quando lhes COMUNICAR
Que ONDE NÃO HÁ DINHEIRO
Não adianta reclamar.
….ou terão qu´ir “bugiar”….
8ª – PARTIDOS
É a hora da verdade!
Deixemo-nos de pruridos.
S´o STADO NÃO TEM DINHEIRO
P´ra pagar os subsídios
Aos seus próprios funcionários;
Nem sequer aos Reformados,
Que são os menos culpados;
Ir depois meter milhões
Nos alforges dos partidos?
! Seria deslealdade!
Até desonestidade!
QUE SE LIXEM AS ELEIÇÕES!!!
9ª – BANCO DE PORTUGAL
Activos e Reformados
Com soberbos ordenados?!
Alguns a ganharem mais
Do qu´a Reserva Federal,
Lá nos Estados Unidos,
Paga aos seus empregados…
Então se NÃO HÁ DINHEIROS
E os que há são emprestados,
Como é que isto é possível?
Serão dinheiros roubados?!...
10ª - REFORMAS
Reformulem-se as NORMAS:
- Só aos 67 anos
Ou TOTAL INVALIDEZ –
E só para quem trabalhou
E p´ra elas descontou
Tempo que as justificou.
Fica o tecto em 3 MIL EUROS,
Nunca mais qu´isso POR MÊS.
Seja uma ou sejam três
E seja lá p´ra quem for:
- Diplomata, operário
Engenheiro ou lavrador.
Autarcas e deputados,
Ao cabo dos três mandatos,
Regressam á profissão
E desta se reformarão
Nos prazos reformulados.
Ás malvas as excepções!
Foi por essa e por outras
Qu´o País foi p´ró “galheiro”
E AGORA NÃO TEM DINHEIRO
QUE SE LIXEM AS ELEIÇÕES!!!
11ª – DIREITOS (ADQUIRIDOS ?)
Num País qu´stá falido
E pior, hipotecado;
Com um endividamento
Nunca antes igualado;
Que o pão que come à mesa
É com dinheiro emprestado;
Ouvir falar de direitos,
Às greves e às “manifes”
E a outras mandriices,
Deixa-me agoniado!
S´há tanto desempregado…
Gent´a passar privações…
Num País co´s pés p´ra cova,
Esses “democratas” pedem
É qu´ALGUÉM LHES FAÇA A PODA
Sem contemporizações!...
QUE SE LIXEM AS ELEIÇÕES!!!
12ª – JÁ´GORA…ENTÃO E DEVERES?!
E QUANTO ÀS OBRIGAÇÕES?!
Isso era antigamente.
Vocifera o sindicato!
Isso eram imposições
Do explorador patronato.
Posto isto, oh “Nosso” PRIMEIRO,
Concatenando e em suma:
- A QUESTÃO É APENAS UMA:
- OU HÁ OU NÃO HÀ DINHEIRO
O resto é coisa nenhuma!
13ª – CRESCIMENTO
Avançar co´este argumento,
Neste preciso momento,
É conversa de jumento
Ou então cavalgadura.
Num País sem contextura,
Que vive na dependura
Da esmola e compaixão;
A um passo da sepultura
Sem dinheiro p´ro caixão;
É mesmo uma aberração!
Na actual conjuntura
Ninguém cá invest´um tostão…
Por fim oh, Senhor PRIMEIRO!
É com toda a humildade,
Que deixo à sua bondade,
Ler as minhas sugestões,
Para que as ajuíze
E, se quiser, utilize.
Como e quando lh´aprouver
E se assim o entender.
Se não todas, uma parte.
Com elas liquida a crise.
Precisa é d´engenho e arte
E da ajuda do PARCEIRO,
Que também é BOM GUERREIRO,
P´ra “CORTAREM” TODO O MAL,
Que nos enleia e gangrena.
É que “TUDO VALE A PENA
SE A ALMA NÃO É PEQUENA”.
ESTÁ EM CAUSA PORTUGAL !
Viçoso Caetano
(O poeta de Fornos de Algodres)
27.07.2012
Exactamente no dia
em que fez 42 anos
Que a OLIVEIRA secou
E o SAL deixou de temperar.
Só o AZAR cá ficou,
Mas esse está para durar!...
sábado, 12 de janeiro de 2013
Consertar o Mundo ?
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Campanhas de solidariedade “Versus” negócios obscuros
Em
Inglaterra, a cadeia de supermercados Waitrose, oferece uma moeda (uma chapa) a
cada cliente que faz compras acima de um determinado valor.
O
cliente, à saída, tem, normalmente, três caixas, cada uma em nome de uma
instituição social sediada no município, para receber as referidas moedas, de
acordo com a opção do cliente.
Periodicamente,
são contadas as moedas de cada caixa e a empresa entrega em dinheiro, à
respectiva instituição, o valor correspondente, donativo esse que, diminui os
seus lucros mas, também, tem o devido tratamento em termos de fiscalidade.
Em
Portugal, infelizmente, a realidade é outra. As campanhas de solidariedade são
suportadas pelo doador mas não chegam na totalidade às instituições a que
supostamente se destinavam. Uma boa parte vai logo para o estado sob a forma de
impostos e outra, não menos importante, vai para as empresas que colaboram nas
campanhas. Esta colaboração, ao contrário do que se poderia esperar, não é graciosa
nem as referidas entidades (Empresas de comunicações, Cadeias de Hipermercados,
Televisões e outras.) prescindem do lucro obtido com a venda dos produtos doados
pelos seus clientes.
Para
que todos percebam vejamos dois exemplos do que acabamos de relatar.
1
– Campanha de solidariedade para as vítimas do temporal que no passado assolou
a Madeira que, segundo consta, atingiu cerca de 2 milhões e 880 mil euros
- Porque é que os
madeirenses receberam 2 milhões de euros da solidariedade nacional, quando
o que foi doado eram 2 milhões e 880 mil €?
- Para onde foi esta
"pequena" parcela de 880.000,00 €?
Quem
ficou com esta diferença?
- PT com 0,10 €
(17%) isto é a diferença dos 0,50 € para os 0,60 €.
- Estado com 0,138 €
(23%) referente ao IVA sobre 0,60 €
A
RTP anunciou com imensa satisfação que o montante doado atingiu os
2.000.000,00 € mas esqueceu-se de dizer
que os generosos pagaram mais 44%, ou seja, mais 880.000,00 € divididos entre a
PT (400.000,00 €) e o Estado (480.000,00 €)
A
PT cobra comissão de quase 20% num acto de solidariedade e o Estado faz incidir
IVA sobre um produto da mais pura generosidade.
2
– Em Dezembro de 2012 decorreu uma
acção, louvável, do programa da luta contra a fome. A
recolha em hipermercados, segundo os telejornais, foi cerca de 2.644 toneladas
de alimentos.
Se cada pessoa adquiriu no hipermercado um produto para doar e se
esse produto custou, digamos, 0.50 € (cinquenta cêntimos), o total pago nas
caixas dos hipermercados foi de 1.322.000,00 € (1 milhão, trezentos e vinte e dois
mil euros).
Quem
lucrou?
- Estado: 304.000,00
€ (supondo que o IVA é a 23%)
- Hipermercado:
396.600,00 € (margem de lucro de cerca de 30%).
Antes
desta notícia me chegar via E-mail nunca tinha reparado e, tal como eu, a
maioria de nós também não repara mas, como vemos, quem mais beneficia com estas
campanhas nem sempre são os que, de forma abnegada e desinteressada procuramos
ajudar.
Não
obstante esta chamada de atenção consideramos que estas campanhas são positivas
sendo igualmente de louvar os milhares de voluntários que nelas participam.
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