sexta-feira, 18 de março de 2011

Sugestões para os PEC 05, 06 ou 07


As discussões /conversações entre PS e PSD para aprovação do PEC 4 fazem crer que o país, mais breve que o previsto, vai de novo para eleições. A ser assim o governo saído da futura coligação entre estes dois partidos terá que apresentar novo, ou novos PEC, uma vez que o actual, que prevê cortes nas reformas e congelamento de pensões, não serve.

Onde cortar? Dirá então o futuro ministro das finanças. No sentido de o ajudar, seja ele proposto pelo PS ou pelo PSD, aqui se deixam algumas “dicas” para cortes na despesa, a incluir nos próximos PEC 5, 6 ou mesmo 7.



ps – a lista, eventualmente, estará desactualizada mas, com as devidas adaptações, poderá constituir uma boa base para o trabalho do próximo ministro das finanças.

Portugal 0 ## PEC 04


Para quem não conhece o Plano de Estabilidade e Crescimento, ou seja o já famoso "PEC-4", junto se disponibiliza o "dito cujo".

quinta-feira, 17 de março de 2011

"GERAÇÃO ENTALADA"

Há um bom par de anos, era Cavaco Silva 1º Ministro e Manuela Ferreira Leite Ministra da Educação num editorial do Jornal o Público, Vicente Jorge Silva surgiu com a chamada “Geração Rasca”.

Nas últimas semanas, fruto dos novos tempos, a geração de rasca passou a “Geração à Rasca”, a qual, em defesa das suas ideias convocou uma das maiores manifestações apartidárias a que Portugal assistiu nos últimos tempos.
Muito se falou a propósito deste assunto sendo referido por muitos comentadores que a minha geração, os que temos agora entre 50 a 60 anos e continuamos na vida activa (a trabalhar), fruto das opções politicas, económicas ou outras, está a contribuir para hipotecar o futuro das novas gerações que, melhor preparadas e qualificadas, ou estão no desemprego, ou se vêem sem emprego compatível, ou a ganham ordenados abaixo do razoável.
Diz esta geração, a dos 25 a 40 anos, por alguns denominada também por geração dos 500 € a recibo verde, que a minha geração beneficia de muitos privilégios, tem emprego a “contrato”, férias, pode fazer greve, não pode ser despedida sem indemnização etc, etc, para além de outros benefícios que aqui não cabe enunciar.
Admito que têm razão em algumas situações mas, bem vistas as coisas, ou melhor, se observadas por outra óptica, a geração a que pertenço também tem razões para se sentir defraudada. Na verdade foram-nos criadas muitas “ilusões”, pelas quais lutámos que, verificamos agora, não correspondem minimamente aos nossos anseios e expectativas.

Quem tem agora mais de 55 anos e continua a trabalhar é duplamente prejudicado.

Por um lado tendo trabalhado e descontado ao longo da sua vida profissional na expectativa de por volta dos 60 anos obter a justa e merecida reforma, vê goradas as suas expectativas, são-lhe impostas novas regras, nomeadamente congelamento de carreiras, vencimentos e cortes salariais. Em simultâneo é lhes exigido que trabalhem mais anos para depois receberem menores reformas.
Além disso o fruto do seu trabalho continua a ser necessário para financiar os “filhotes”, os tais que estão à rasca, pois estudam, tiram o curso, o mestrado, o doutoramento mas depois trabalho, mesmo o dos 500 € a recibo verde não está ao alcance de todos.
Com o seu trabalho, continuam igualmente a contribuir para o bem estar da geração imediatamente anterior, refiro-me especialmente a quem tem agora 55 a 65 anos e se reformou com 50 / 55 anos, auferindo ao fim de poucos anos aquilo não descontou em toda a vida profissional. Muitos deles continuam a “trabalhar”, acumulando vencimentos e ocupando cargos em prejuízo da tal “Geração à Rasca”. Neste grupo, com peso não displicente podemos incluir muitos dos nossos ainda “jovens políticos” que até à bem poucos anos ocuparam cargos ministeriais, foram, ou são, deputados da Nação, autarcas de Minicipios e Freguesias de Portugal, administradores por via politica de empresas publicas e privadas. Alguns deles, a troco de chorudos “bónus”, ainda aparecem com frequência nas Televisões, Rádios e Jornais a clamar que a situação está má , que o País não aguenta.

Face a o exposto, numa noite de insónias dei comigo a pensar e descobri que não me enquadrando na “Gerações Rasca” nem na “Geração à Rasca”, anteriormente referidas pertencia isso sim a uma outra, a que chamarei de “Geração Entalada”, em que uns comeram a carne e outros roem os ossos.
É isso, “Geração Entalada” entre quem beneficiou de uma situação, em que alguns atribuíram a si próprios regalias e privilégios incomportáveis a médio longo prazo e, quem estudou, queimou as pestanas, e vê agora goradas as suas expectativas de uma situação profissional estável.

“” Ou seja, somos criticados pela “Geração à Rasca”, que nos acusa de lhe termos hipotecado o futuro mas, por outro lado continuamos a trabalhar, cada vez até mais tarde, a receber cada vez menos e a descontar cada vez mais , para  sustentar as dificuldades dos mais novos e desprotegidos face à situação actual, e ao mesmo tempo a financiar quem se reformou com 50 /55, e beneficiou dos previlégios da situação anterior.””

quarta-feira, 16 de março de 2011

Socrates & Passos Coelho - Dupon & Dupon

 "Tiro - Liro - Liro"

>>>Lá em cima está o tiro - liro
Cá em baixo está o tiro - liro - ló
Lá em cima está o tiro - liro
Cá em baixo está o tiro - liro - ló
Juntaram-se os dois à esquina
A tocar a concertina
A dançar o so-li-dó.
Juntaram-se os dois à esquina
A tocar a concertina
A dançar o so-li-dó............<<<


Lembrei-me desta canção a propósito das declarações ora de José Socrates, ora de Passos Coelho sobre a nossa grave situação económica e financeira.

O país quase na banca rota, se é que não está já, e este senhores, líderes dos dois principais partidos portugueses, mais parecendo os Dupon & Dupon,  entretêm-se em disputas estéreis,  qual dois galos à procura de lugar no poleiro, não assumindo responsabilidades na crise, como que esperando que o outro arrisque o primeiro passo, e se suicide.
Seria divertido, se não fosse dramático.