sábado, 30 de abril de 2011

Money, Money, Money

»»»»»Se quiséssemos reduzir a crise financeira internacional a meia dúzia de palavras, podíamos dizer que o dinheiro acabou para aqueles que nunca o tiveram, de modo que aqueles que o perderam em especulações possam recompor os seus lucros e expectativas«««««





(Clara Ferreira Alves, Revista Única, 30-04-2011)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Desafio ao Cérebro ou o "O Poder da Mente"

Desafio para o Cérebro! Fixe os olhos no texto e deixe que a mente leia correctamente o que está escrito.

»»»De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. «««

»»»35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5! «««


(Recebido por E mail)

Outros Tempos

Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.
O embaixador incumbiu-me – ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada – dessa missão.
Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA.

Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo numa altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa.

Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável.

Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país – Portugal – que respeitava os seus compromissos.

Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar – é nada dever a quem quer que seja".

Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas.

Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem.

Luís Soares de Oliveira

(Recebido por E mail)

Algarve, outros tempos, Faro e não só


Para quem gosta de recordar e tem saudades dos velhos tempos pode aqui espreitar algumas imagens de Faro e outras localidades do Algarve antes do surto turístico dos anos mais recentes.

Os Maios


Anualmente no dia 1 de Maio, junto à estrada N 125 no Concelho de Olhão em Marim / Bias /Alfandanga, bonecos como os que aqui aparecem alegram quem passa e mantêm viva a tradição dos Maios.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Câmara de Matosinhos compra dois estádios a prestações

Num momento como o que atravessamos, em que se pedem sacrifícios aos portugueses, de políticos responsáveis, eleitos para velar pelo bem comum, esperam-se atitudes que contribuam para minorar os problemas e não acções que agravem os problemas e acentuem o descrédito na classe dirigente.

Face à notícia “Câmara de Matosinhos compra dois estádios a prestações” apetece perguntar:
• Será que estes senhores também vivem no Portugal que desde há 15 dias tem como convidados VIP os homens do FMI e do BCE que aqui se deslocaram a convite do governo para avaliar as nossas contas e verificar se teremos condições para pagar o empréstimo urgente e inadiável dos muitos milhões de euros que o país necessita?
• Será que não se informam e aprendem com os erros passados em que se misturou politica e futebol?
• Será que não ouviram falar nos estádios construídos para o euro de 2004 em que alguns, como o do Algarve, que ano após ano vão debilitando as já depauperadas finanças autárquicas dos Municípios de Faro e Loulé?
• Será para isto que dia sim dia sim se “martela” na comunicação social para a necessidade de reduzir despesas publicas e privadas porque o País, endividado, já não suporta mais obras de fachada?
• Será que os partidos que elegeram estes senhores não têm mão neles e os impedem de fazer tais disparates?

Foi para isto que pediram o voto aos eleitores?
Será que não coram de vergonha perante tais desmandos?

A maior fotografia de Lisboa


Esta imagem é a maior já feita da cidade de Lisboa. Foi conseguida através da colagem de mais de 100 fotografias e tem quase 3 Gigabytes. Nela podem-se ver, em grande detalhe, marcos da cidade como o Castelo de São Jorge, a Sé de Lisboa, e a Igreja da Graça.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Bem prega Frei "Cavaco"

O presidente da República Cavaco Silva e os ex-presidentes Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio nas comemorações do 25 de Abril de 1974 apelaram todos no sentido de haver um compromisso dos partidos políticos para a união em torno de soluções que permitam retirar Portugal das graves dificuldades em que nos encontramos.

Em resposta Passos Coelho, líder do PSD, disse que a ideia de “fabricar em Portugal uma espécie de União Nacional é uma perversão”.

Para inicio de entendimento e resposta positiva ao apelo de quem nos últimos anos nos representou no mais alto cargo da Nação não está mal.

Atitudes "Foleiras"

José Lello, deputado e dirigente do PS, ao chamar foleiro a Cavaco, mostrou um profundo desprezo pela instituição, “ Presidente da Republica Portuguesa”. Ainda que discordando do homem que numa dada altura ocupa esta função, para mais no momento que vivemos, atitudes como esta são graves. É como atirar gasolina na fogueira e vem dar razões a quem cada vez mais descrê da chamada classe política.

Não respeitar as instituições e os adversários políticos é também não se dar ao respeito logo esta atitude foi no mínimo, muito, muito “foleira”.

Na Sombra do Poder, 37 anos depois

Acabei de escutar a entrevista de Pedro Feytor Pinto à SIC e fiquei agradavelmente surpreendido com a clareza das suas respostas às perguntas que lhe foram colocadas.


»» Pedro Feytor Pinto foi director dos serviços de informação (SEIT) do governo marcelista. Um homem sempre informado, mas sempre na sombra. As circunstâncias ditaram ironicamente que se tenha acabado por tornar num dos protagonistas da deposição do prof. Marcello Caetano, alguém que tanto admirava. Feytor Pinto era uma das pessoas presentes no dia 25 de Abril de 1974 no próprio Convento do Carmo, em plena Revolução dos Cravos. ««

Não conhecia o senhor, melhor, nunca dele ouvira falar mas seria  alguém a quem poderia sem receio comprar um "carro em segunda mão", pelo que irei adquirir e ler com atenção o livro “Na sombra do Poder” que acaba de publicar.