segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Campanha do Banco Alimentar Contra a Fome – Acção de benemérita ou bons negócios para alguns?


Na verdade, depois da polémica com a Isabel Jonet, temia-se que  a reacção negativa de muitos portugueses à entrevista da referida senhora a uma estação de TV,  levasse à desmotivação de muitos outros, ainda para mais, numa altura de crise prolongada e profunda.
Por mim, que também não gostei do modo como Isabel Jonet se expressou, contribui de modo simples com alguns produtos, adquiridos num supermercado onde me dirigi para fazer compras.
Por um lado, para quem precisa, e infelizmente são muitos e cada vez mais, é positivo que estas campanhas ocorram e é de louvar as centenas ou milhares de voluntários que de modo abnegado e totalmente desinteressado colaboram com o banco alimentar contra a fome.
Por outro lado a necessidade, cada vez maior,  destas campanhas mostra que algo está errado na sociedade portuguesa actual.
Depois há ainda alguns aspectos que me desagradam, nomeadamente o excesso de protagonismo de alguns dos intervenientes,  que aparecem a dar entrevistas por tudo e por nada.
Há também as campanhas, aparentemente desinteressadas de muitas cadeias de supermercados, que se prontificam a colaborar,  aparecendo como beneméritos, quando na verdade essas cadeias são intervenientes claramente beneficiadas com estas campanhas pois, no decorrer da campanha, vendem a preço de mercado, muitos milhares de euros.
Por último, uma palavra para o governo da Nação. Por um lado sobrecarrega-nos com impostos pesadíssimos, atirando muitos para uma pobreza estrema (que justifica a necessidade de organizações como o banco alimentar contra a fome), mas por outro acaba por beneficiar com a campanha uma vez que, tal como os supermercados,  vai receber milhares de euros como resultado do IVA cobrado. 

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