Segundo alguns comentários a campanha decorreu de modo normal e foi um êxito. A ser assim ainda bem.
Na verdade, depois da polémica com a Isabel Jonet,
temia-se que a reacção negativa de muitos
portugueses à entrevista da referida senhora a uma estação de TV, levasse à desmotivação de muitos outros, ainda
para mais, numa altura de crise prolongada e profunda.
Por mim, que também não gostei do modo como Isabel Jonet
se expressou, contribui de modo simples com alguns produtos, adquiridos num supermercado
onde me dirigi para fazer compras.
Por um lado, para quem precisa, e infelizmente são muitos
e cada vez mais, é positivo que estas campanhas ocorram e é de louvar as
centenas ou milhares de voluntários que de modo abnegado e totalmente desinteressado
colaboram com o banco alimentar contra a fome.
Por outro lado a necessidade, cada vez maior, destas campanhas mostra que algo está errado
na sociedade portuguesa actual.
Depois há ainda alguns aspectos que me desagradam,
nomeadamente o excesso de protagonismo de alguns dos intervenientes, que aparecem a dar entrevistas por tudo e por
nada.
Há também as campanhas, aparentemente desinteressadas de
muitas cadeias de supermercados, que se prontificam a colaborar, aparecendo como beneméritos, quando na verdade
essas cadeias são intervenientes claramente beneficiadas com estas campanhas pois,
no decorrer da campanha, vendem a preço de mercado, muitos milhares de euros.
Por último, uma palavra para o governo da Nação. Por um
lado sobrecarrega-nos com impostos pesadíssimos, atirando muitos
para uma pobreza estrema (que justifica a necessidade de organizações como o banco alimentar contra a fome), mas por outro acaba por beneficiar com a campanha uma
vez que, tal como os supermercados, vai
receber milhares de euros como resultado do IVA cobrado.
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