segunda-feira, 30 de maio de 2011

Marinho Pinto - "Preso por ter cão e preso por não ter"

Nos últimos tempos muito se tem criticado o poder judicial pelo facto da polícia prender e de seguida os juízes, certamente escudados na lei, mandarem em liberdade, não decretando a prisão preventiva em muitos casos de presumível crime grave, o que aos olhos do cidadão comum aparece como algo incompreensível.

Agora, perante factos comprovados de violência gratuita, em que duas jovens agridem selvaticamente outra ainda mais jovem, seguida de divulgação pelos próprios, um juiz teve a coragem, ou melhor o bom senso de decidir pela prisão dos agressores não só pelo perigo de eventual continuação da actividade criminosa como também para servir de exemplo a eventuais seguidores de comportamentos semelhantes. É certo que os agressores, materiais e morais, são jovens, eventualmente vivem em famílias desestruturadas e como tal as medidas a tomar merecem alguma ponderação na aplicação da lei.

Mas, não é menos verdade que hoje em dia jovens com 15 ou 16 anos têm acesso a um manancial de conhecimentos que lhe permite saber que ao agir deste modo estão a transgredir as regras da sociedade em que se inserem e que assim sendo se arriscam a sofrer as consequências de tais actos. Por outro lado as suas vitimas, jovens como eles, tem ainda mais razões para se sentirem protegidas.

Ora estas situações repetem-se cada vez com maior frequência, ainda agora veio a público mais uma agressão, desta vez uma jovem, por motivos fúteis, agride outra com um “x acto” provocando-lhe ferimentos graves.

Assim sendo a sociedade não pode aceitar passivamente que estes casos se vulgarizem sem fazer algo que desincentive tais atitudes, esperando passivamente que a justiça passados meses ou anos venha finalmente, mas tarde e más horas, tomar alguma atitude.

Muito se estranha pois que o Dr. Marinho Pinto, no seu estilo “espalha brasas”, que noutras ocasiões muito, e bem, tem criticado a ineficácia dos juízes, perante os factos acima relatados venha agora criticar o Juiz pela medida tomada.

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