Já tinha ouvido os comentários de Miguel Portas na rádio e agora li com mais atenção no Jornal Expresso a notícia “Ajudas a eurodeputados crescem € 27 milhões”.
Enquanto a Europa pede sacrifícios a muitos dos seus nativos os nossos eurodeputados, propõem aumentos na denominada rubrica “ recursos dos deputados”. Ou seja enquanto ao comum cidadão exigem contenção, para benefício próprio, auto-aumentam-se sem restrições. De acordo com a notícia só para a contratação de “assistentes” vão dispor de €21.200, mais €3 mil do que no ano anterior.
No artigo não se referem as aptidões exigidas aos / às “assistentes” mas todos já ouvimos falar de alguns casos em que a formação académica ou profissional exigida não ia além do “diploma” em: - esposa, filha, cunhada, prima, ou simples afilhada.Ao que consta da parte dos eurodeputados portugueses presentes na comissão, dos outros a noticia não fala, nenhum levantou objecções. Tudo isto como diz o deputado Miguel Portas são “maus exemplos” que sendo legais são, como é óbvio, profundamente imorais.
Eis alguns exemplos chocantes para mim, não para os nossos eleitos neste parlamento, como é natural, do acima referido:
• € 300 de ajudas de custo quando estão em Bruxelas (no posto de trabalho, presumo);
• Bilhete de avião, em 1ª classe para ir e vir ao país de origem (passar o fim de semana com a família);
• Percurso entre casa e aeroporto pago ao Km (esta não lembra ao diabo);
• As horas de voo são pagas e, tal como outros benefícios, não sujeitas a imposto (apetece dizer Impostores).
Como diz o ditado, ou melhor, São Tomé – »»Façam como eu digo e não como eu faço««.
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