Querido Pai Natal,
Com o aproximar do Natal deves estar cheio de trabalho. Assim não sei se tens prestado atenção a este país aqui nos confins da Europa.
É que nos últimos tempos os nossos governantes, não por vontade própria mas porque são pressionados pelos "Mercados" e por uma bruxa má ali do centro norte da Europa, creio que uma tal de Merkel, têm vindo a apertar o cinto á malta, dizem que é para combater o deficit, seja isso lá o eu for.
Eu até já estava conformado e disposto a alinhar. Dizem que "o que tem que ser tem muita força".
Acontece porém que a malta graúda, aquela que tem bons padrinhos, começou a meter umas cunhas, creio que a um tal de “Zé Sócrates” e este pediu ao Sr. Teixeira, que acedeu, em abrir umas excepções para a malta amiga não pagar tantos impostos. Alegam em sua defesa que não se podem mudar as regras a meio do jogo, que á compromissos assumidos, que se assim não for se vão embora e as empresas deixam de ter prejuízos, que são dos Açores e ali quem manda são eles etc. etc. etc. Enfim, dizem que se alguem tem que pagar a crise que sejam “ Os Outros”, mas não eles, pois a vida não está fácil e as benesses que costumam receber já não são o que eram.
Ora como não tenho padrinhos desses, e dado que estamos na época de Natal, lembrei-me de ti, querido Pai Natal.
Não sei se me podes ajudar, mas tanto o Sr. Sócrates como o Sr. Teixeira já foram pequeninos é natural que lhe tenhas posto algumas prendas no sapatinho e estejam em divida para contigo, talvez, quem sabe, eles tenham até alguma consideração por ti.
Se assim for, como prenda para este Natal, venho pedir-te que metas uma “cunha” a esses Senhores para ver se eles me podem pagar já, mas pode ser até ao fim do ano, o meu vencimento de 2011. Se não for muito incomodo que incluam também o subsidio de Férias e de Natal.
É só mais uma excepçãozinha que ninguém vai notar.
Eu pela minha parte prometo que vou trabalhar como até aqui e não te peço mais nada até ao Natal.
Votos de Bom Natal para ti, trabalha muito, e não deixes as nossas crianças sem prendas neste Natal.
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