segunda-feira, 4 de março de 2013

Salários e prémios pornográficos. - Um exemplo a seguir


 “grandes gestores” nomeados para variadas empresas, quer públicas quer privadas, ganham rios de dinheiro justificando tais vencimentos com o argumento de que, se assim não fora, haveria imensas empresas da concorrência para onde se poderiam transferir auferindo iguais ou superiores benefícios. Como é evidente nada disto está provado e o mais certo, a julgar pelo péssimo desempenho da grande maioria das empresas em causa é que os ditos gestores, tal como grande parte dos trabalhadores portugueses, estivessem neste momento a engrossar o exército de desempregados caso a sua nomeação se gerisse efectivamente por critérios de real competência técnica para ocupar os lugares em causa.

Os comentários referidos vêm no seguimento de noticias sobre a limitação de ordenados considerados “obscenos”pelos cidadãos suíços que nesse sentido fizeram aprovar legislação com vista a limitar tais desmandos, no sentido de proteger os investidores e os cidadãos em geral, do livre arbítrio de conselhos de administração que, em seu beneficio, se atribuíam vencimentos considerados pornográficos, não compatíveis com o trabalho realizado em prol das empresas a seu cargo.

Em Portugal a grande maioria das empresas, banca incluída, vem ano após anos apresentando prejuízos ou resultados anémicos nada compatíveis com a proclamada competência de gestão que os seus responsáveis repetidamente invocam para justificar as regalias recebidas.

Assim sendo será que vão agora seguir o exemplo das empresas suíças ou, agora, que os argumentos que justificavam tais vencimentos se revelam irrealistas, tais pressupostos deixam de ter validade?

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