Empresas e governo têm-se empenhado
em fazer crer que a competitividade do país se vai conseguir baixando salários
e regalias a quem trabalha.
Nas maiores empresas do país, quer
privadas quer públicas, nomeadamente as que desenvolvem a sua atividade em
clima de quase monopólio, quem as dirige não abdica de vencimentos e regalias
muitas vezes superiores às auferidas por gestores, bem mais eficientes, que exercem
atividade em empresas do mesmo ramo em países com maior poder de compra do que os “tuga”
cá do burgo.
Com esta prática a chamada
classe média vai-se evaporando e a pobreza, de forma acelerada, aumenta para níveis
terceiro-mundistas.
Perante isto que faz o “Benfeitor” (benfeitor sim, tem uma Fundação au que se diz, sem fins lucrativos), Sr. Soares dos Santos? - Resolve, num ato de altruísmo,
brindar a “populaça” com um bodo aos pobres, fazendo promoções de 50% nos
produtos da sua cadeia do Pingo Doce. Acontece que o Benfeitor, nos produtos vendidos,
nuns casos faz concorrência desleal e noutros, ao que se sabe agora, tem lucros
superiores a 80 %.
Ou seja, estes senhores, primeiro
acumulam lucros excessivos e retiram o poder de compra, impondo baixos salários
e muitas horas de trabalho a quem produz, depois, qual beneméritos
desinteressados, distribuem, de quando em quando, como se de um brinde se
tratasse, migalhas como quem distribui esmolas a quem precisa.
Ora, tudo isto está mal, o correto
seria que cada um recebesse um valor justo de acordo com o seu trabalho que lhe
permitisse adquirir, não no 1º de Maio, mas todos os dias, os produtos de que
necessita a, preço igualmente justo, e já agora, pagando um preço justo a quem
produz, sem necessidade de “bichas” empurrões e outros atropelos.
Infelizmente não é isto que
acontece, algo está mal, este não é o País que Abril nos quis legar.
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