Há poucos dias, com muita pompa e circunstância, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa os hipermercados do grupo “CONTINENTE” fizeram uma apresentação de produtos, pretensamente, para promover a agricultura portuguesa.
Não foi divulgado qual, ou quais as entidades, a quem coube suportar a maioria dos custos inerentes a esta grande operação de Marketing mas, conhecendo as condições que o grupo costuma impor a quem com ele negoceia, não será difícil obter resposta para esta questão.
Chegou-nos a gora mais um exemplo das boas praticas deste grupo na defesa dos produtos regionais, neste caso “Figos” e “Amêndoas”, erradamente apresentados como recordação do Algarve.

Agradecemos que nos possa facultar um e-mail para enviarmos um comunicado emitido pela nossa empresa, para que possa publicá-lo.
ResponderEliminarMelhores Cumprimentos,
EUROCHOCOLATE
Quando recevi esta informação de amigos contactei a Eurochocolate que me enviou um comunicado a dizer que não há frutos secos suficientes pelo que importam???!!!
ResponderEliminarClotilde
Admito que não haja amêndoas e figos algarvios no mercado.
ResponderEliminarO que não se admite é que queiram vender como do Algarve um produto elaborado com amêndoas dos EUA e figos da Turquia.
Será que procuraram saber porque não existem estes produtos no Algarve? Penso que não.
Ora a razão é simples: -. O preço pago ao agricultor não cobre os custos de produção. Nestas condições não tem havido renovação dos pomares e os que ainda existem acabam por não ser colhidos, ficando nas árvores a maioria da fruta.
Nestas condições o correcto seria contactar as associações existentes e propor a elaboração de protocolos / contratos que garantissem o escoamento de um certo volume de amêndoas e figos destinados à confecção destas cestas ou de outros doces regionais.
Estou certo que assim seria possível encontrar agricultores dispostos a produzir, figos e amêndoas, para a confecção de produtos rotulados com um selo de “Produto do Algarve”.
Até lá, se no rótulo constar “TURQUIA / EUA SOUVENIR” podem como é evidente continuar a vender as cestas com figos e amêndoas que ninguém tem nada com isso.
Nas condições actuais, não existindo produto regional, é que não é éticamente possível elaborar produtos como rótulo de “ALGARVE SOUVENIR”.