segunda-feira, 9 de maio de 2011

Portugal na Eurovisão "A Luta é Alegria"

Os homens e mulheres que na época dourada do “Festival da Canção” representaram Portugal neste evento ou estão velhos e saudosistas, ou não compreenderam que tal como eles, os tempos mudaram.


Dizem eles:

José Cid: - os Homens da Luta têm todo o direito a participar na Final da Eurovisão, pois ganharam o festival em Portugal, mas defendo que, ao invés do televoto, devia ser " um júri "assumidamente escolhido pela televisão. Como canção de protesto já ouvi mais bem cantadas, melhor tocadas e com melhor letra ",

Simone de Oliveira: -  "A Luta é Alegria" é "panfletária" e tem razão de ser num comício". Sou capaz de perceber as canções de luta e protesto mas não é aquilo. Sou capaz de perceber canções como 'A Tourada', 'Ave Maria do Povo', a 'Desfolhada', 'E Depois do Adeus'. Aquilo ('A Luta é Alegria') é uma atitude de rebeldia de uma gente nova, mas que não dignifica nada a música ligeira portuguesa.

António Calvário: - representante de Portugal em 1964 com "Oração", diz gostar da canção ("Até era capaz de cantá-la"), mas aponta: " Não é uma canção para representar Portugal na Eurovisão, reflecte o contexto especial, tem a ver com os nossos problemas e nada a ver com o Festival.

Nesses anos dourados de que falam, em que o país se colava aos ecrãs, que eu saiba, nunca conseguiram qualquer classificação de jeito, e as canções que agora querem glorificar, salvo raras excepções, nunca foram muito além da mediania para consumo caseiro.
Nos dias de hoje, o “Festival da Canção” como antes se chamava, passa quase despercebido em Portugal e na Europa poucos dão por ele.
Ora “os Homens da Luta” e bem, como é seu timbre, atendendo ao momento actual e ao pouco entusiasmo que o mesmo vinha despertando entre a população, levarem a coisa para puro “gozo”, e brincando com o festival, acabaram por permitir que em seu redor se estabelecesse uma discussão que de outro modo não teria acontecido.
Para o bem e para o mal, em Portugal e mesmo nos "Média" de outros países, a sua boa disposição e a canção “A Luta é Alegria” vão sendo notícia o que nos tempos que correm acaba por ser positivo.
Além disso conseguiram, facto inédito, o apoio entusiástico tanto  de José Sócrates como de Ângela Meckel. É obra.
Quanto aos nossos cantores de antanho, também ficaram a ganhar, á semelhança de Paulo Futre, ainda que por breves instantes foram notícia, o que convenhamos para eles até nem é mau de todo.

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